Num domingo de primavera lindo, escutava a rádio do Partido Comunista do Chile em Santiago. Era a rádio que meu irmão e sua mulher sintonizavam aos domingos. Nenhuma outra radio era escutada nesses momentos. Ouvi a entrevista a um “ex-guerrilheiro” da Sierra Maestra companheiro de Fidel Castro, que contava com grande entusiasmo e alegria de como inutilizavam as transmissões de energia elétrica na ilha durante os ataques ao regime do ditador anterior (negro Batista – na verdade era mulato). Explicava como lançavam as correntes de ferro sobre os fios de alta tensão para provocar “curto-circuitos” e deixar grandes áreas da ilha sem energia (sem luz). Se orgulhava disso, pois o fizeram inúmeras vezes, deixando uma vez quase 1 mês, uma região de várias cidades, sem luz. Batista havia implantado a pena de morte para quem fazia isso, mas eles eram guerrilheiros destemidos, com muito orgulho. O que este guerrilheiro não diz, é que muitos hospitais ficaram sem luz. Muitas escolas também. Muitos serviços básicos. Muitas vacinas e lotes completos de insulina foram perdidos por falta de frio (energia elétrica), muito leite deve ser jogado fora, estragado. Muitos inocentes foram sacrificados justificando os fins. Se lembram de Adolf Hitler que fez o mesmo inundando o metrô de Berlim para tentar deter aos russos e matando milhares de alemães, mulheres e crianças? Numa ditadura qualquer horror e monstruosidade é possível. Numa Democracia jamais. Os trabalhadores NÃO marxistas SOCIALISTAS DEMOCRÁTICOS somos contra as DITADURAS e as TIRANIAS. Somos a favor das DEMOCRACIAS, da LIBERDADE e da JUSTIÇA SOCIAL.